Sabe, já faz um ano que saí de SP. No começo, confesso, fiquei um pouco em pânico sobre mudar de uma realidade supostamente cheia de coisas que idolatrava, para outra desconhecida e aparentemente sem graça alguma. Depois, fui me acalmando e percebendo que as coisas não eram tão ruins como eu imaginava.
Moro numa cidade média com 600.000 almas. Vim de uma com mais de 15 milhões. Agora me digam vocês: quem está certo? Ficar num lugar como SP (enloquecedor!) ou viver numa cidade infinitamente menor que ela (enlouquecedora!). O que eu descobri é que não há certo ou errado. O que existe é a gente mesmo. Não importa onde se esteja, se não há equilíbrio, pode ser na Lua que não rola e a gente quer escapar para não se sabe onde.
Hoje eu não vejo assim tão ruim por aqui. E confesso que quando estou em SP, fico meio tenso com coisas que não fazem mais parte do meu dia-a-dia (gracias a dios), tais como: trânsito, trânsito, demora, demora, espera, espera e gente. Meu Deus! Como tem gente por toda parte! Dá até falta de ar de tante gente correndo, correndo. Disso eu não sinto falta. Mas sinto falta dos amigos, dos cinemas. Ai, como eu sinto falta disso!
Mas aqui tem uma locadora a duas quadras do meu prédio com algumas vantagens. Vejamos:
- os filmes são os mesmos
- os filmes são mais baratos
- eu posso pegar a pé
- eu posso devolver a pé
Em suma, tenho tudo isso só que sem algumas coisinhas que todo paulistano adora e se vangloria - filas, filas, compra antecipada (díssima, às vezes), gente, gente correndo e gente empurrando etc e tal. Enfim, estou muito bem aqui e estaria um pouco menos em SP. Mas estaria bem também.
Ah! Aliás, um filme que eu vi em SP e recomendo recomendo é C.R.A.Z.Y. Everton, eu vi sim mas esqueci de comentar aqui. Uma das coisas mais lindas que eu já vi. Saí tonto de da sala de cinema. Uma tontura inebriante!
É isso aí...





